quarta-feira, 25 de julho de 2007

"...Vento solar, estrelas do mar..."

Caminhava à passos normais para sua velocidade concentrada
Observando o arredor com a vista progredida em torná-lo paisagem única
Podendo a cada posição saborear o ângulo do significado sobre o espaço
Por aquele tempo.
Não lhe importava que determinados seres humanos espalhassem o contrário desta figuração
Desde que lhe criaram o poder da língua, engataram-se as sombras das palavras na luz da expressão.
Pudera ele olhar para essas figuras e assimilar seu contorno para a sombra ser ciclo conclusivo, e não corrosão em armadilhas presentes para a posição viva.

A plenitude de uma coloração única, intensamente sua ao céu descia em faixa envolvente à terra,
Enlaçando-se na brisa límpida as almas transeutes nas praças, ruas, lares, manicômios e plantas à vista desprendida de vocábulos - quando ligados à sua estatura tecida, tão ainda pequenitude!

Passos abriam o chão na visão levitada de vôo possível sem grandes modificações,
um lado seu entregava-se ao dedilhar silencioso das probabilidades renovadoras...
Já houvera a natureza inerentemente trazer vento à permanência completa do Sol,
e pontiagudas estrelas na infinitude marítima
Que custava-lhe cancionar as asas próprias em queda celeste e luz irradiada com água acima da cabeça?

Ancorando a brutalidade enfadonha dos relatos fabulados, o ar frio era permanência do aconchego encasacado pelo corpo que em contrapartida despia a alma para o mergulho mais profundo que pudera compartilhar com todos os seres na paisagem.
Ao caminhar assim, à passos lentos para a perfeição inexata que todos os dias lhe era dada...

Espalhando bilhetes à ventania amada, pois o chacoalhar das folhas era o vestido que guarnecia a matéria concreta de seus sonhos
Delicada sensibilidade figurada nos lábios coloridos compastados com a razão estética, nas flores estampadas; interligadas à cada esfera pequena na forma, e explicada no movimento do tempo.
Que lhe ocupava com uma caminhada atemporal o suficiente pra lhe conceder uma fraca Lua ao céu, enquanto o Sol lhe aquecia.

Pequena vista muito alongada, eram sonhos, desejos escorridos à perfumes e uma única data.




"...Sol, girassol, vejo o vento solar
Você ainda quer morar comigo?
Vento solar, estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo..."


Imagem por Gatz (www.fotolog.com/gatz
)

4 comentários:

R., R., Rosa disse...

Não sei o que comentar.

Clara Mazini disse...

Prefiro as vistas alongadas.!
Elas sempre descrevem impressões interessantes - e parecem conseguir carregar o cheiro em cada palavra...
:)

Home Made Brownies disse...

...

e dividirão o tomate e viverão felizes para sempre..

;**

André Luis Sant'Ana disse...

um girassol da cor do seu cabelo?
adoooooro nenhum de nós :D
rsrs

:*