quarta-feira, 27 de julho de 2011

O sublime sopro de um instante puro.

De um dia daonde não havia nada
que se dissesse vivo como a palavra
densa e espessa - que assim diz, compreendesse
A alma recorreu dispendiosa e
esquecida pelo espaço que já
se merecia em aborrecimento

Como num levitar do próprio cansaço,
prendeu o momento e fechou os olhos

Pra dentro de si, esboçando leve e inexato,
o retrato de mais vontade de bondade
que a não-ternura cuspida mundana
A que lhe disse num inspirar que lhe moveu
ao próprio mundo como vento...

Passos e um sorriso
lhe fizeram abrir os olhos,
a ver o que de dentro havia florescido ao mundo
seu personificado contentamento

Do momento efêmero que se entorne
vida estreita como sabão em bolha
Pras cores transcritas além da expressão do sentimento
e à cor da boca saltando,
em nome de sorriso, além de muito...


Sabendo, que dos olhos pode se saltar
mais que saber de mundo,
e sim pleno, vivo, do que já diziam que era tudo.