quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Ainda volto pra me explicar

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Sabe, me amorteço nas condições de ser variável. Me sinto mais amável fortalecendo espaços pra mim própria connhecer-me e cuidar dos outros com meus braços nos dele; para além de um enlaçamento, mas uma alma corrente.
Quase uma entrega brega de jargão de filmes estrangeiros que pretendem bancar os emocionantes, ou quem sabe uma metáfora poética que sempre consumí mas parece que nunca prosperei. É, talvez esteja eu mesma ainda propensa em alguns desejos soltos, possíveis frustrações; isso parece envolver um certo orgulho que não sei se domino. Caminho aos passos de um andamento meio aleatório em seus procedimentos; a caminhante errada não deixa de progedir - ao que possam encher de boatos as bocas que me gritam insana. Pelo menos minhas estradas não ousaram me deixar entristecida pela falta de orientação.
Minha rudeza quase deixou a marca celeste da ambiguidade da percepção à compreensão isolada do que dividi com quem a merecia quase desmerecendo...
Nem por isso inválidas, recorri as vias práticas do que me ecoava; já sem plano pra avançar ou aquela doce voz pra me agradar sem mais melodia, decidi instalar as minhas na voz dele. Ele que viu a tudo que senti, ou não. Pois tanto ainda me cabe que não mais guardo bagagens pra me abarrotar, beirar enjôo.
Fiquei com as lembranças que não possibilitaram ostentação ou vestimenta, mas foi a que mais sustentou. Quisera então meu eu-lírico contemplar a situação com outra pessoa discritiva, e eis que me enclausuro no cabo de outra despedida.
Não desesperes tua vida em qualquer atentado. Ainda volto pra me dizer nestes ventos que me sopram certos a continuidade; estou à mercê de mim para fugir de você.
Deixo claro que não explicitamente lhe devo satisfações, mas me satisfaço com teu olhar de atenção... Até eu dizer que por fim que já chegamos.
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.............................................................Antonina.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Rasgad(o, a) ao vento

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''Não vou ousar em nenhum momento atentar minha vida por você.
Se por profundo desespero cabo a lhe escrever, é porque a calma de algum amor, de alguma paciência cheia de ternura ainda decidiu se manifestar, declinou em lhe ter.
Sendo que há muito de vida fostes codinome, exatidão, manutenção de sentidos coerentes é mentira para este caso, verdadeiro, se for, é atrito.
Se fujo com tuas bagagens, é por apego das matérias que lhe construiram à mim tua pessoa - que personalidade coube ao vento - que me declina ao passar, moldar as roupas de meu corpo, a ameaça protecionista de minhas escolhas...
Escolhi o vão para preencher o espaço desabrigado, longe do alinhamento padrão da prontidão ao fim de teus atos.
Deixei todo o processo inacabado das atividades para não perderes o ritmo dos dias, e muito menos o peso das mãos que cá te afagam em despedida de carícias, mas cheia de trajetos psicológicos.
Se ao longe fico distinta, se te pareço (não-)estranha, tua organização apenas confundiu lugares. Sem o apoio de tuas mãos, à este pedaço de coração rasgado, os manuscritos de tua inteligência jamais teriam significados, e as encostas na parede não lhe cobrariam os erros e lágrimas que posiciona(ra)m. E que nostalgicamente ideológicos, meus beijos de fim por cá mandados lhe retorcem o comodismo.
Com ódio adocicado, anulo os fatores do tempo e declino-me à esta tua branca visão,

Tua confiança sem palavras, a quem chama(vas) de Antonina.''

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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A pílula da inexatidão

Debruçada sob um tempo remoto, a janela metaforizava a ânsia de reproduzir a velocidade dos resquícios brutos dessa passagem

Parecia esperar os objetos e utensílios necessários a uma inspiração conquistada, favorecidos à acoplarem-se à seu corpo para cuidá-la à seu casulo, a progressão dispensada da contagem aos dedos e números; um salto da memória.

Construia visões com tudo o que já conhecia, paredes e calçadas o seriam quando compatibilizassem forma à informação, numa arrumação alinhada do entendimento de sua vista à sua pacificação.

E em quase uma persistência ótica, esbarrou em um objeto agudo de transporte, uma via que abstinha seus passos calmos de entendê-la como ponte, e de tudo que poderia ceder com o codinome já sabido de respectiva função.

Naquela hora dispersa da ordem cronológica, quase como um luxo,
soltou-se dos adornos de um 'habitat' condicionado para enxergar seus rastros nas idéias que concebia...

Tinha o poder de extrair de cada linha tracejada um traço de seu corpo, uma caligrafia proporcionada pelo metal da solidificação em em seu andamento de vida...

Uma dificuldade calma envolvia seu corpo, numa pele nova, despindo a acomodação da vista através da persistência da calma

Observou-se como um gole de momento
Num aBAST(A)ecimento do todo
Pra fora da situação havia outro compartimento
A bolha da salvação que se impusera tinha cor da química que a submeteu à este doce deletério de miasmas...

Despida de um terço de sua modelagem bagageira, conseguia inspirar vontades para arcar-se e colher flores, respirar frutos à semeadura da fresta de cada ladrilho pisado,
como novidade desequilibrada,
seus passos tomaram a direção que apontava seu progenitor;
causada por um espasmo onírico, tentou concretizar a vista para tal percepção
Em absoluto não conseguira.

Tomada então pela angústia da ignorância, sentira-se impotente, e num quase suplício fechara seus olhos,
que escoaram gotas da situação, embaçando sua ótica,
e em fumaça esvaiu o que sabia, o que produzia.

E quando um terço do que segurara seu ombro caiu,
percebeu na pele o adorno da passagem, o seio de sua proteção natural,
no movimento de uma freqüência,
que descobrira-a em continuidade...
de se toma à lágrimas derramadas pela pouca confiança, e num espaço permitido,
num gole engole-se a fraqueza e sorri a esperança daquela felicidade não percebida no exato momento de amor;
mesmo que noutro andar de tua vista, os sentidos se dividiram para transportar a vitalícia
e reposicionar a circunstância da impulsão estratificada nas vielas silenciosa dos dias.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Gotas sólidas

Um pingo de mar,
um pingo de chão;
razões derretidas
na finura das emoções...

Na pose secreta pela sutilidade do comum,
os olhos curvaram a diferença da nova cor do corpo muito mais aceitado
Se vira num sorriso de pérolas pigmentadas, em suplícios fragmentados por momentos passados por doces fantasias realizáveis.

Passeavam estimas às voltas definitivas do corpo,
iam a beira de retratos enxergados pelo ânimo,
agora tão acessíveis à mãos estendidas.
Cuidava muito mais das flores nascidas na mão de todo indivíduo que fitava
Recolhia com precisão incalculada a liberdade dos sentimentos no enclausuramento inocente de seu próprio espaço
Feliz era quando assim não se supunha ser, e vivia com o amontoado manuscrito das letras
Que revelava sua natureza em outros cantos, no canto...

de seu vestuário, uma peça nova para o canto do quarto,
a pose da visão estarrecida na solidificação em imagens de suas razões sensitivas;
com um pingo de literatura,
à tela solúvel de sua percepção, apaixonadamente tato da aquarela.

Ao som de um dia que combinava com a irradiação de suas palavras e melodia da pronúncia
A chuva fina neste sol de alegria gerava o arco-íris de sua inspiração.
Sedutora pela luz que contornava seu corpo na volúpia de uma pose,
deitava como o pôr solar ao mar de calma agitação...

Transpirando as gotas puras da sensação em coloração tingida aos panos do cenário.
Abraçada pelo seu amor.