quarta-feira, 20 de junho de 2007

2ª pessoa do singular

Ela estava aconchegada num meio em que à braços de um desejo se transportava
Pra um sentido simplificado, mas sabia que seu.
e mesmo que impaciente, nem produzida como estava, se entregaria.

A calça nova já tão confortável se diria batida, jaqueta normal, um vestuário propício para a morada, não enriquecia a situação que tanto querera - e pudera agora confortar na imaginação.
Hoje era mais um fato no discorrimento da vida.
Mais um dia com as lamúrias e suspiros da passagem cotidiana comunal
Mas já passara pela fase do dia de refletir ou debater.
Usava o cansaço ideológico para contorcer as possibilidades.

Mas havia uma disponibilidade tão grande em ser dela, que qualquer fragmento abatido tinha garantia.
Hoje seu coque, unhas e dedos passaram pelo de costume, mas se sabiam bonitos, com algum tipo de charme - fosse ele de satisfação própria.
Porque naquele mesmo dia sentira a grandeza de um céu inexpressivo. Mas incrivelmente definido.
Só guardado na memória com tentativa sucessiva de expressão; que alongaria o período de sua inspiração.
E aos poucos, se aconchegara nas próprias angústias e desejos, a tanto tempo guardadas ou ainda renovadas pelos mesmos medos - não estava estagnada, mas se sabia consentida.

Aqueles olhos que hoje parecendo tão mais belos fugiam da contemplação demasiada, do corpo instrumento de um esforço que de obrigatório parassara à involuntário, e ela passou a (ao menos naquele meio tempo) sentir-lhe na polpa, nem que fosse sofrimento.

Talvez muito pura, ou usada demais.

Ela permanecia numa embalagem identificada pelos seus atos.
Então soltara seus cabelos e levantara sem medo de ser ou manter. Tinha muito o que fazer, era muito pra se proclamar num só pronome, ou definir-se nos extremos de seu linguajar.


E isso era visto em cada pétala que aos ares de seus movimentos embalavam... naquele terreno, naquele aconchego, imperceptível, ou plenamente sensível, à almas que destinavam-se a libertação.
Não importava os hábitos conceituados ou música repetitiva - ao menos ali na sua insatisfação amava.
E era dela, de tão dela que não era nenhum pouco difícil, ser sua.


"Amar é mudar a alma de casa."
Imagem por Amélia Vinhal

3 comentários:

Home Made Brownies disse...

[logada com a conta do orkut]

primeiro comentário éé??

xD

lindão o layout!! ^^

ah...nem li nada =x
to aqui fazendo tarefa...olha q maravilha..:$

¬¬¬

mas amanhã eu leio...jah to indo..

boa sorte no blog novo...\o

=***

Mari =D

R., R., Rosa disse...

Lendo isto e ouvindo little sister estou pensando em gritar - ou chorar?

Cláudia, a sensibilidade se agu"Ç"ou (?) agora.
Sempre escritora, tens que lançar um livro. E eu vouler por primeiro, é claro! auhsuhuahs

;**** fica bem sempre.

WaGNeR disse...

"we belong together"

=*******