A luz desperdiçada de manhã era o único rastro concreto naquele ambiente.
Cortando a penteadeira que acima compunha um espelho, a face entrecortada por impressões, luminosa solaridade que respondia a amargura ressaltada naquela separação.
Restabelecia seus fios dourados, alongados ao lugar concentrado de seu conjunto
Cuidava de sua face delicadamente, aplicando funcionamentos perfefeccionistas, estéticos;
adornados ao costume, idêntico ao sol poente.
E destituía-se das finuras(agulhas) temporais, que acompanhavam-na sem temor, utilitariamente nos grampos de cabelo.
À voz contida na face inexpressiva de lábios colados, derretidos à cores estampadas na roupa já combinada.
Num ritmo afinado à movimentação da sua caixa toráxica, natural compasso servia sua contemplação de sublime cansaço
Interrogava a palidez diferentemente posta como brilho no (claro) olhar.
Cílios claros de uma verdade, dificuldade tão clamufada no visível...
O impulso de seus dentes perolados de rasgar, ou convidar alegrias num singelo aparecimento.
Compunha da amostra secreta das probabilidades, que sequer necessitaram de suas mãos.
E assim que ela atribuiu o metabolismo à vida, concluiu vitalícia aos detalhes (além da completude).
Ao curvar olhares ao redor, uma dependência clara do condicionamento de seus braços, e pêlos, cartas, incensos, lembranças, e mãos e claridade, e desespero.
Melancólica lágrima que desceu na calmaria paradoxal dos sentidos.
Mudou a ordem e entendimento da cor e do movimento, e sua espécie e amor mudaram de contentamento...
A pureza sujou seus lábios assim que a sedução carregou seus olhos
Não temeu a marca sobre sua pele, do cuidado rosto...
Rastros pintaram suas pálpebras de fatos sentidos.
O agora ofegar ritmado foi conclusão da lembrança de como era sentir como a boneca de quando menina.
Assustara-se um pouco enxergar-se tão transparente numa poça d'água na rua, no frio de sua alma despida
Arrepiada pela junção do seu corpo bruto e da cálida estrela no céu, viu a mesmisse de seu rosto livre como seus cabelos soltos
Na pouca luz da lua crescente, elevou sua sensibilidade e na confiança do tato, impulso do perigo, no rastro da escuridão que acolhia; inventou o tempo que concretizaria sua inexprimível união,
do ritmo incompatível a harmonia, sagrado coração.
Imagem por Amélia Vinhal
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
adorei a imagem, fala tudo.
~Na pouca luz da lua crescente, elevou sua sensibilidade e na confiança do tato...*
gostei =)
;**
Postar um comentário