segunda-feira, 23 de maio de 2011

O tom lilás daquele nome.


A flor de alfazema preserva um sorriso antigo. E o amarelado de seus dentes faz sentido. Há poesia como uma carta guardada, que revela tanto nas entrelinhas de seus lábios. Uma negação que só é recomendável no balanço de sua cabeça dançando a ritmia que funde pensamentos.
E o som dos sapatos no chão são um coração pensando alto - talvez só o meu, é verdade, mas a cor de sua saia girando melodias, contorna a aquarela desse momento.
E o relógio não pára, o mundo revela seu movimento num truque de mãos, deixado na luz da aurora brilhando sob a mesa esperando que estas palavras lhe aconteçam...


De um profundo bem-querer que rememoram seus olhos de tom comum e soberano. De uma pureza tão célere, que é o todo revelado. Um átimo simples que nem em tudo se percebe, mas reserva a essência da alfazema e uma alma plena: inspirar o cheiro que preenche os pulmões e enche o mundo feito um balão, condensando o encanto de um trovão em pura-luz e a naturalidade de achar um diamante em poros a olhos nus.

E aquele nome é sutil como uma linha solta na roupa: depois que percebida, é só um tom pra desnudar a alma toda.

4 comentários:

Anônimo disse...

belo, muy belo.

Xuxudrops disse...

E aquele nome é sutil como uma linha solta na roupa: depois que percebida, é só um tom pra desnudar a alma toda.

Bela conclusão, Xuxu!

Beijo!

Lucas disse...

Um pequeno suspiro, às vezes basta.

R., R., Rosa disse...

ai, amiga.
é realmente íncrivel como jorra sensibilidade dessa alma, me alegra saber, e ver, e ler, e sentir toda essa partilha que promoves!, com aquele desapego que transporta o mundano pro etéreo.
suas palavras, às vezes, parecem que vieram de sonhos, de uma realidade tão crua, tão crua, que parece real, sendo lúdica.

(L)