terça-feira, 21 de setembro de 2010

Realidade e comprometimento

(Carta enviada aos vereadores da cidade de Blumenau, reinvindicando o valor do projeto do Fundo Municipal de Apoio à Cultura)

Caros Senhores Vereadores,
eis o momento de falarmos em aberto sobre valores e condições, além dos projetos propostos, das leis executadas, e das taxas e das calçadas que vivenciamos como ponte essa que nos liga; com o uso e perdão da palavra. Não me vejo na obrigação de me utilizar de licença poética para me referir ao que nos é essencial: Nós, como cidadãos, de carne, osso, necessidades e voz - pra retificar e proteger o que nos custa e que ao mesmo, nos faz de direito. Direito, palavra de lei, de respeito, de DIGNIDADE, um belo pressuposto pra discursar, mas de uma face muito diferente de quem vivencia como consequência.
A consequência, lógica de uma ação, que na atmosfera social se parte da ambientação - antes mencionada, com projetos, obras, realizações e afins que ligam os cidadãos escolhidos, os ocupantes de cargos públicos empelidos à essa jornada, e, que por vezes se referem apenas como aos que optam por fazê-la, como se agora, do discurso a licença poética matasse as necessidades e eliminasse por figuração existencial tudo o que anteriormente fora muito bem compreendido e planejado pra ser diferente, e nesse desfalque, sente-se o infortúnio da sociedade que os escolheu.
Assim é que a análise das mudanças ocorridas por crescimento e realização de muitos fatores, hoje muito se parecem diferentes da demanda necessária para prover o que está sendo trabalhado - ou pelo menos o suficientemente para sustentar esse dizer. Enquanto a visualização dos que realizam (ou deveriam realizar) se vê às campanhas em seus caminhos para progredir, os que vivem essas escolhas precisam ser transgressores das dificuldades com paciência e virtude pra contornar tudo; mas e a ponte que nos liga, por quê agora não faz jus ao que realmente é?

Essa minha fala cheia de recurso não faz nem diz por menos, quando se concretiza
e tudo que já ouviu e se sente restante de um discurso e da falta de vivência nos projetos e no retorno que não nos chega. Falo sem surpresa do Fundo Municipal de Apoio à Cultura da cidade de Blumenau, que de miseráveis considerações tem sido um dos recursos mais vergonhosos pra demanda que nos compete e que claramente sofre recusa e descaso de quem mais poderia e deveria prover dela.
O arbítrio que não falta à classe artística em cortornar as dificuldades e realizar os feitos que são seu alimento e dedicação; mas as mesmas pautas que referidas belamente num discurso não alimentam salário, não ambientizam moradas, não pagam impostos, não criam espaços, não educam, não divertem e tampouco possibilita a sociedade de usufruir da sua própria capacidade. E os potenciais sem credibilidade são ambientes mortos, são prédios vazios e precários, cheios de
lenda, mas que não fazem história e nem emancipam a dignidade que nos foi posta.
Até porque não precisamos de promessas, e sim de possibilitações; que nos vem agora, entre leis, projetos e acima de tudo, bom-senso por quem tem a autoridade de fazer pelo que se dispôs.
Hoje temos dados, temos recursos, temos a demanda necessária pra isso se suprir com a integridade que dispõe: um projeto de lei, capacitados à ela e responsáveis por ela.
Que possa mais um apelo como este, colocar a tempo as pautas ao que se deve e precisa.
E ainda que esteja eu, utilizando-me de todos os recursos metafóricos que encontrem e desejam constatar nesta reivindicação, há acima de tudo tem uma frustração contada por mais uma voz que vivencia este fato que lhes recorro; mas que se vê muito possível de mudar, assim que encontra seus responsáveis e solução.

É uma voz entre a demanda inteira de artistas e demais agentes que se tornam impossibilitados de vivenciar o que é de direito, de dignidade, de construtivo para uma sociedade muito além da sustentabilidade preescrita em fundamentos estatais e políticos; a significância dessa postura é um valor de agente claro, dessa entrega em carta e apelo totalmente possível ao que as vossas considerações realizarão.
O futuro se escreve agora sim, com a possibilidade que 300, 400 ou 900 mil reais fundamentam, mas não serão capazes de calar ou sustentar - porque a vitalícia de todas essas vozes são ações de pessoas comprometidas e sem medo de identificarem-se dignas de recursos; sem o ciclo do tempo, não há terra que fertilize, e mãos sem ferramentas também não cultivam; nossas mãos estão estendidas, esperando o que é nosso - pois justo, que se façam dignos do que as vossas posturas pedem.

Pelo dia 23 de Setembro, aonde podem modificar na Câmara,
o alcance do Fundo Municipal de Cultura, em nome de tudo que fora dito e é real.


Atenciosamente,
Cláudia Iara Vetter.

(Manifeste-se também!
Contatos:

Vereador ROBERTO TRIBESS - betotribess@camarablu.sc.gov.br
Vereador FÁBIO ALLAN FIEDLER -
ff@camarablu.sc.gov.br
Vereador JOÃO JOSÉ MARÇAL -
zemarcal@camarablu.sc.gov.br
Vereador ANTÔNIO JOÃO VENEZA DE SOUZA -
veneza@camarablu.sc.gov.br
Vereador DEUSDITH DE SOUZA -
deusdith@camarablu.sc.gov.br
Vereadora HELENICE G. M. LUCHETTA -
helenice@camarablu.sc.gov.br
Vereador JOSÉ DE SOUZA - "ZECA BOMBEIRO" -
zecabombeiro@camarablu.sc.gov.br
Vereador JOVINO CARDOSO NETO -
jovino@camarablu.sc.gov.br
Vereador MARCELO SCHRUBBE -
marceloschrubbe@camarablu.sc.gov.br
Vereador MARCO ANTÔNIO G. M. WANROWSKY -
mailto:wanrowski@camarablu.sc.gov.brr
Vereador NAPOLEÃO BERNARDES NETO -
napoleao@camarablu.sc.gov.br
Vereador NORMA T. DICKMANN -
normadickmann@camarablu.sc.gov.br
Vereador VANDERLEI PAULO DE OLIVEIRA -
vanderlei@camarablu.sc.gov.br
Vereador VANIO FRANCISCO SALM -
vanio@camarablu.sc.gov.br )

2 comentários:

Mel disse...

Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros,

Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos,
E, até que de novo eu te veja,
Que Deus te guarde na palma da mão..

Mel disse...

Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros,

Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos,
E, até que de novo eu te veja,
Que Deus te guarde na palma da mão..