-Ah eu já sabia que era triste... sempre fui.
Assim que nasci, me tornei.
E quê fazer? O acaso do mundo não me resolve, apenas aponta a realidade, e aqui estou de mim por ela, ela não faz nada por mim.
Eu que sou triste me decepciono com a alegria que vêm e passa, voltando a ser triste, ao que realmente sou.
E que no fim não é defeito, é minha essência se descobrindo melancólica, nublando os cabelos e aguando olhos, não fugindo do que a natureza pode ser.
O grande vazio é que a vida me contornou a querer, e já não querendo ser triste eu fujo de mim e vou querendo...
Eu já não sei, e me calo. O coração pulsa, e dizem por mim, para que seja de ti, também:
''(...) a tua cabeça está cheia de borboletas estrídulas
(...) E, na verdade, o que eu tenho, é uma alma de violoncelo - grave, profunda, triste...''
( Um desbotado pierrot.)
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