sábado, 17 de outubro de 2009

a traição.

Uma rendição sem versos pra lhe dizer de novo que o mundo é cruel e a sua ingenuidade não tem espaço entre o tempo que corre e a lágrima que escorre; o instante-já é uma gorfada, a desistência um embarque, e logo a entrega tola de uma vítima cega;
na claridade de novo, a sombra da escuridão... vindoura do próprio corpo: ela.

Olhar no fundo dos olhos e não achar o chão, porque o ceticismo sabe que não. Porque o medo apavorou até as flores e trouxe o calor, não, não o trouxe, mas é tempo dele; e vem uma chuva sem pés para sustentar o caminho, encharcando tudo, escurecendo o porão do quarto de mofo, tão sujo naquilo que é novo e nostálgico.

Os sonhos embrulhados numa sensação ruim, e AQUILO, de novo.
A fonte dos pensamentos fundida em dor.
De novo o medo.
E a medida transcendendo a realidade para o que é difícil e não se sabe explicar.

Nao há.
A confiança é experimentar. Os riscos corroendo o tempo pra dizer o que não se sabe,
e o que haverá de marcar muito o compasso pra responder com calma e na hora certa o timbre correto e vivenciar o que Ela é
e todos são: palavras.

2 comentários:

Guilherme Albinno disse...

fazia tempo que nao retornava ao blog, mas to aqui otimo como sempre, fiquei feliz tbm, pq te vi na nanu! :)

WOLF disse...

Nossa, li alguns textos aqui, são todos belos! Você tem potência, menina. Algo meio desesperado, não sei comentar. Mas gostei muito.