segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Contradições

Ela sentira o peso do mundo forte e denso sob seus olhos,
num céu sem estrelas.

E a transparência desses astros
se iluminando no frágil aguado das lágrimas,

tremulando as saudades que os nervos estiram também.

Uma linha abaixo do corpo, da massa física de destino dado.
Uma linha na terra consumida, consolidada no tempo,
uma vertigem das impressões que um sonho deixa,
marcando o rosto.

Uma linha bem abaixo.

Tênue.


Uma depressão.



"(...) exclamações contidas doíam no seu peito estreito; a in­compreensão árdua e asfixiada precipitava seu coração no escuro da noite. (...)

Ela já fora viva, com pequenas resoluções a cada minuto — brilhava seu olho fatigado e colérico (...)''


E nada se explicará tão cedo.
Nenhuma palavra sob as linhas.

... Que não seja o contorno do leito.

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