segunda-feira, 13 de julho de 2009

O pra sempre que eles não aguentam, aguardam.

A pele alargou-se ao ponto de estourar quando ele foi para o outro lado e ela ainda viu-se conectada à ele. Assim ele prosseguiu esticando a pele dela, e ela se esfolando viva, na carne exposta do desejo mais profundo... fazendo desenhos com a própria veia, enxergando-se de dentro como nunca antes vira.
A dor tamanha dissipou a vertente do corpo,
o coração passou a pulsar por tudo.
Não havia como discernir de si a dor pra resultar a vida,

e ele vai andando... hoje como passado não exatamente,
mas como presente negado do privilégio de não necessitar fatiar o tempo pra (com)prometer o seu sentir; ele vaga entre becos, ela pouco a pouco vai renovando a pele para também não o machucar com o fato, de que a sua sombra sempre está atrás - desde quando ele assumiu a existência na vida de mais alguém.

A segurança disso é uma verdade que ninguém vai tirar
- e quando mudar, duvidar-se-á da vitalidade do mesmo
E se agora não é a veracidade que vai tocar-lhe
a consciência além do vento nos cabelos,
ela vai cantar para chegar nos ouvidos dele...
e mesmo que prossiga
Ela sabe que como hoje,
o fato vai percorrer sua pele em mais um dia,
nos olhos que se abrem; a consciência se espalha,
e pelo fato, de novo,
as costas se curvarão como seu peso, um fardo.

Um comentário:

Marco Antonio disse...

quem sabe a distância um dia, os disassocie? quem sabe, um dia, ele possa voltar?
e mesmo que, hoje, quando ergues a cabeça e aguças teus sentidos esperando encontrar sinais do que possa acontecer, tudo pareça tão distante, inevitavelmente, certa vez, irás se deparar.

e que não demore!

Abraços