sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A Velha e a Moça

O caminho se mostra devagar com o andamento calmo e preciso das mãos
Enlaçadas mãos cabem a viajar o mundo no cuidado de quem preserva,
a exploração máxima do que ama, sutilmente...

Pra quem enconsta o que há cansado, há o mesmo tanto de curiosidade pra quem sustenta
Se junta a imagem com a fonte toda, não há tempo que pereça.
E se os passos se cuvam poucos,
as palavras emergem na respiração cuidadosa;
dentre os sons vocábulos são repletos do significado do que é sincero.
A emoção cuida da saudade pra ser a intensidade da realidade.

O espaço é quem submerge a história na linha dos cabelos,
esvoaça as verdades pelo vento que recolhe imenso,
a troca do que é intransferível, dira-se aos poucos, passos do que é imortal,
nos traços há a cor do que provoca os sentidos pra sinestesiar-se
num beijo ao fim do dia.

Se alguns passos se dão desenfreados pela ânsia da descoberta a conhecer,
outros são lentos e cansados, pois trilham com cuidado apenas, o que se quer manter.

A matéria de um encontro é o querer.

Um comentário:

Unknown disse...

E a matéria do sonho é o desejo...
Encontrar o caminho não é o mesmo que caminhar...

Belas palavras...

(=