Pura e fértil era a silhueta que alongava o traço do contorno que a luz pouca, comprimida,
à entrada e frestas na cortina, lhe cediam.
Na verdade era um pouco de sentimento que retrataria os sentidos sem ter a mínima razão inteligível.
Olhos fechados para a saciação na concha de mãos unidas para o beber do instante com um pouco de amor.
Este que precipitava a saliva, inspirava o suor e os líquidso ao fluxo dado de tanta emancipação.
Eram já corpos íntios à queda da noite usurpadora de sentidos, a sustentavilidade de impressões desatentas da qualificação visual;
enrustidas de plenitude sensitiva, ao quadro do espírito, a aquarela de seus significados.
Naquela monogamia de estado, diria-se deles mariposas comunetes à noite;
Íntimos da calidez da manta furtiva, e sépia da liberdade encostada discreta na dobra da parede, na veste em cortina.
.
.
.
No quarto dela, sem ele.
Havia espaço demasiado, só que apertava-lhe tamanha ausência.
Configurava cubículos, ainda que desses centímetros de versos coubessem seus corpos como milímetros, só.
A paixão coubera irradiada por essa luz que esgotava-lhe.
Um conceito sabido gera grandes manuseamentos condicionados. E a geratriz do bem-querer não pode esperar por conceituação.
À margem dóutra página, fixa oalavras de vocábulos-ruídos...
Quando perdesse a poesia, haveria o canto. Sem afinação, os sussuros ou gemidos.
Ainda sem som: o espaço clama, habitação.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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4 comentários:
"sempre estar lá e ver ele voltar, não era mais o mesmo mas estava em seu lugar.."
me fez lembrar =]
"No quarto dela, sem ele.
Havia espaço demasiado, só que apertava-lhe tamanha ausência."
Espaço demais faz tudo ficar
tão pequeno.
=~~~
Poligamia sem estado é bem mais motivador.
O caos do amor...
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