O lençol sentiu como o corpo dela
se deitara sob ele
Logo após o instante de aconchego,
veio o calor, o silêncio.
E o que inspirava a realidade
era o pulsar cardíaco que dela emanava
e nele quase onírico se absorvia...
Um coração com a vida
em um nome vibrado, naquele frêmito
ao sono pedindo, dela se embriagando de paixão
E à ele, um inanimado delirante, não fazia mal,
que houvesse um outro ser dono desse instante,
da origem do pensar que não o próprio
Afinal o ser dele,
mais confidente, mais sutil e verdadeiro
à outra forma de ser, não se pertencerá.
Aquele instante entre a consciência e o contato,
ninguém (nem ela, nem Ele, nem dele)
sabe prever e nem colher
.
.
Mas vide um estandarte real à permissão de sentir;
e vitrinado... no corpo, retalhado num tecido...
puro de si.