Enquanto números são discados na busca do que d'outro lado datilografa-se, o tempo urge como incomum para o que dividido, só faz somar. Na busca pela voz os segredos são pronunciados nas pausas, ao respirar condensa-se o vital, e a temperatura toca a pele que toca a alma, um arrepio de metaforizar.
Ela escreve sem o escrúpulo de pensar piedosamente, ele ausenta-se nos atos pra sentir no tempo restante a falta, sem piedade. Quiseram-se estar crus para conceberem-se plenos.
Nas fibras que deixam explícito que há barreiras, mas há visões que as mãos tocam, e desenham: telefones e palavras, no retorno do que não se pode segredar.
tão fatal e inteiro, resplandece o fluxo desprentecioso e condutor longíquo...
_A brisa penetra espacejada no quarto em que desenha o tempo, enquanto ele couber em palavras. O aroma da grama marca-se extasiado, pela lentidão que deixa-se passar tão amolentada pelo calor do dia todo. Percebe-se no sereno iniciante da noite a tranquilidade que faltou o dia todo, e que uma noite bem abriga repelindo com ternura qualquer dizer - ainda que ousasse querer falar. Os olhos fechavam-se suplicando piedosamente o silêncio do que é calmo, o fluxo do que é constante. Os ventos uivam o que está exposto, o coração entende florindo sensibilidade. _O corpo estende-se como campo, na cama que induz o chão para quem se guarda, o choro que lava; o gozo que escorre; a saliva que rega; a palavra que embebe o princípio, o nome é o que move os lábios. Uma Mansidão para entender o que significa, a pausa para compreender o que envolve; é a brisa que participa do contorno de cada poro em membro desta menina - que engole o mundo no suspiro de um instante. A interpretação do dia que corre vai na estadia que o corpo resguarda. Enquanto o mundo salta das alturas à precipícios, ela voa baixo, com os espinhos deixando-a com a potência de ser leve, sem tirar os pés do chão. Os ruídos que quebravam a orquestra invisível apenas foram os ecos dos apelos que gritavam adeus, enquanto o vento fazia Um; nos seus braços que devastam o que não se fundamenta. _As pétalas nasceram na canção que parte os seus estágios, e desenhou-se o resultado do tempo em semente; a Flor marcou a estação do que chegou natural e abriu lentamente portas, janelas e cortinas, pra esbarrar lenta e perene no que é, indivisível.
O caminho se mostra devagar com o andamento calmo e preciso das mãos Enlaçadas mãos cabem a viajar o mundo no cuidado de quem preserva, a exploração máxima do que ama, sutilmente...
Pra quem enconsta o que há cansado, há o mesmo tanto de curiosidade pra quem sustenta Se junta a imagem com a fonte toda, não há tempo que pereça. E se os passos se cuvam poucos, as palavras emergem na respiração cuidadosa; dentre os sons vocábulos são repletos do significado do que é sincero. A emoção cuida da saudade pra ser a intensidade da realidade.
O espaço é quem submerge a história na linha dos cabelos, esvoaça as verdades pelo vento que recolhe imenso, a troca do que é intransferível, dira-se aos poucos, passos do que é imortal, nos traços há a cor do que provoca os sentidos pra sinestesiar-se num beijo ao fim do dia.
Se alguns passos se dão desenfreados pela ânsia da descoberta a conhecer, outros são lentos e cansados, pois trilham com cuidado apenas, o que se quer manter.
O roxo estampado foi o que me chamou, e como um raio se alongou costurando a silhueta, indo aos cachos voando altos, e alongadamente seus pés voltaram-me o chão, nas costas de certeiros rastros.
A espera por um gesto instigou a forma de imaginar tão precisa ao que penso, que ela já nem mais precisava me pensar em dizer Sua voz intercalava meus ecos e eu vislumbrei naquela pose uma estátua de argila; mole e fatal.
No balanço que surtava minhas lembranças, torci por um gesto que eu havia considerado dentro de mim mesmo antes de consumado, e a vontade de saber tornou-se certificado de que eu sabia, querendo o que eu já possuía.
Estranhamente signos de apossaram singularmente de duas criaturas, e eu criei das circunstâncias um escape para coincidências assim que a perdi de minha vista; vista que não abandonou os olhos, pois ao menear sua cabeça ao ar que a rodeava, seus olhos pousaram sobre o espaço; e meu rosto estupefato concordou: na paleta de meu acaso achei o verde que queria, pois lá no fundo daqueles olhos achei o que me remetia; indigente meu eu tingiu-se na cor de minhas preferências, jorrando no caso da vida leve, o encontro do que me movia; detalhes d'eu mesma.